Diana Carvalho
de Ecoa
14/10/2019 07h00
No Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo, o portão azul do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular (CDHEP) fica aberto a maior parte do tempo. É por ali que as educandas do projeto Casa LAB – Laboratório de Fazeres da Mulher Periférica – chegam para a oficina gratuita de marcenaria.
“Nem a minha unha eu consigo lixar e pintar, tenho que ir ao salão pra fazer isso… Imagina então cortar madeira, lixar, furar e montar uma bancada? Nunca pensei que fosse conseguir”, conta Alessia da Silva Castro, 56 anos, aluna do projeto.
Ela, que trabalha como enfermeira em um ambulatório em Taboão da Serra (SP), descobriu inúmeras habilidades durante as oficinas do Casa LAB, a ponto de desejar refazer uma reforma executada meses atrás em sua casa.
“Se fosse hoje, faria tudo diferente. É um muito ruim ter que ficar sob a orientação de outra pessoa e depender do outro para consertar qualquer coisa em sua própria casa. Na época, não conseguia me expressar, não entendia nada de marcenaria”, relembra Alessia, que optou por um móvel de alvenaria fixa no quarto do filho e se arrepende.
“Hoje tenho conhecimento sobre diversos tipos de madeira, certeza que faria tudo diferente. Com um acabamento muito mais bonito”, completa.
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Fonte ECOA – UOL
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