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Formação de Facilitadoras Comunitárias de Justiça Restaurativa junto ao Coletivo Tambores de Safo do

Na segunda-feira de 25 de Outubro, foi realizado o 12º encontro da Formação de Facilitadoras e Facilitadores Comunitários de Justiça Restaurativa. 

O curso teve como objetivo sensibilizar e apresentar ferramentas da Justiça Restaurativa, de forma a auxiliar as participantes a lidarem com conflitos cotidianos, além de oferecer ferramentas para o trabalho comunitário. 

A formação foi oferecida a participantes do Coletivo Tambores de Safo, que procuraram o CDHEP com a demanda de trazer para o coletivo conteúdo sobre fundamentos e práticas de Justiça Restaurativa.

O Tambores de Safo é um grupo musical que pretende, através da música e da arte, contribuir para pensamento crítico feminista e o empoderamento das mulheres, visando o combate ao machismo, ao racismo, à homofobia e as mais diversas opressões capitalistas. 

O grupo nasceu em maio de 2010, pela iniciativa de mulheres lésbicas e bissexuais independentes e outras organizadas no grupo LAMCE – Liberdade do Amor entre Mulheres no Ceará, com o objetivo de dar visibilidade às demandas específicas dessas mulheres na 10ª Parada pela Diversidade Sexual do Ceará.

O trabalho do grupo se inicia com a preparação das militantes para atuarem na área da música – são realizadas oficinas de confecção de instrumentos de percussão (alfaias, caixas de guerra, repiques, ganzás e xequerês) e ritmos africanos e nordestinos para as mulheres lésbicas e bissexuais da cidade de Fortaleza (CE). 

Atualmente, o grupo milita no Fórum Cearense Mulheres e na Articulação de Mulheres Brasileiras. Dentro da agenda permanente das Tambores de Safo estão os ensaios abertos nas praças da cidade de Fortaleza e a participação em atividades culturais e políticas promovidas por diversos movimentos sociais.

O curso aconteceu em 12 encontros online, com 2h30 de duração cada, totalizando 28 horas. A programação contou com  atividades teóricas e vivenciais a partir de uma ótica crítica sobre a cultura punitiva, que possibilitou as participantes a lidarem melhor com sentimentos e comportamentos decorrentes de conflitos e violências interpessoais e sociais.  Foram trabalhados ainda temas como autoconhecimento, empoderamento e conexão para desbravar novos caminhos em direção à construção de uma sociedade mais justa e solidária, na perspectiva da Justiça Restaurativa.

Agradecemos a oportunidade desta troca com as Tambores de Safo! O CDHEP aprendeu muito e está sempre aberto a novos diálogos e formações com grupos populares  e movimentos sociais que buscam se aprofundar no tema da Justiça Restaurativa e da educação popular. Vamos que vamos!

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